quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Ela

Ela?

Ela autoflagela sua alma só para me torturar. 
Foge para eu correr atrás, se esconde para eu a encontrar. 
Me ignora para me ver suplicar.
Ela diz que não suporta minha ausência!! 
Mas se ausenta de mim porque acha que é fraqueza me procurar. 
No amor, Ela é orgulhosa. 
Mas o amor não é orgulhoso.
Mas o medo de perder ou se entregar mais do que eu, camufla os frutos do amor.  
E Ela age dessa maneira.
Ela espera, pacientemente. 
Eu, como bom homem que sou, não sei esperar como uma mulher.
Sua pele fica irritada de saudade e ela se "autoabraça" fingindo os meus braços.
Quando fico muito tempo sem a procurar, 
Ela vem falar comigo! Ela vem ríspida fingindo doçura, brava pela ausência.

Ela!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O que você faria?

E se eu disser que quero teus sorrisos largos
Os teus olhares pálidos
Teu beijo provocativo
Tuas mãos tremulas
Teu abraço efusivo
Tua poesia.

Nossa prosa trôpega
Tuas lágrimas por entre os dedos
Tuas gargalhadas de medo
E tua presença por inteiro...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

céu que se põe a chorar

Engraçado.
O Céu parece chorar.
E minhas lágrimas se misturam com as dele.

Quando o sol voltar a sorrir.
Já vai ser hora de ir embora.

[17/08/08]


Quando o passado se faz presente e o presente teima em não ser futuro.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Achados e perdidos

Uma bagunça. Assim minha vida pode ser resumida. Amores achados e perdidos. Pessoas perdidas, marcadas em brasa que deixam cinza em mim quando se vão. Carregam um pedaço de mim - e fazem questão de não devolver mais- que vão me formando, me deixando com um amontoado de fraquezas, anseios, mágoas. Um misto do que foi bom, se tornou ruim e hoje nada mais é. Temos uma imensa capacidade de transformar o belo em feio, o forte em fraco, o puro em  impuro e o sorriso em lágrimas. Uma bagunça, eu repito. Assim como o papel que se perde no carro, o pen-drive com tuas musicas prediletas que some no fundo da gaveta, seu isqueiro que se vai, tua esperança que se esvai. Assim são as pessoas, os amores, os amigos, os sentimentos. E você percebe que não te sobra nada, você ficou com o resto. O resto de cada um que passou. Aquele coração quebrado, repartido que ainda insiste em bater sei lá porque. Aquele que ainda pulsa - para as vezes - em busca de algo além do que se tem. Em busca de algo além do que lhe foi prometido...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Cara

Reclamo com um cotovelo sob a mesa e uma mão esfregando os olhos, adentro na paisagem pessoal, sublinho meus interesses e fico e cavo no cantinho do cubículo pra arranjar mais espaço. Meu egoísmo não cabe aqui dentro (muito menos a flor que um dia ganhei de uma moça) e disponho esse bloqueio com os talheres nas mãos; pronto para atacá-lo e degustá-lo, sozinho. Minha estória é mais ou menos assim, cara...

Vê se põe a cara aí pra meter um tiro na fuça! 
Não rela! 
O teu paradoxo suga o sorriso de canto, põe conflito na sobremesa de bloqueio - aquele que eu citei anteriormente - e qualquer saliva azeda nos corta no meio.

Tira esse cara daqui!

O Sol me desvive, o sorriso feliz me dá vontade de arder no Sol, os pássaros são insuportáveis e a sua apresentação teatral, nesses dias que você começa a exibir o seu talento, eu saio de perto. Não te suporto.

E sabe de uma coisa, velho...
Eu acho que não suporto ninguém...
Mas no contraponto da estória, quando eu sair desse eu-comigo, vou querer todo mundo e vou querer que todo mundo me queira, também (de volta).

O cara saiu antes de eu puxar o gatilho...

- Ei, cara, volte aqui, eu mudei de ideia...

domingo, 6 de outubro de 2013

1 + 1

O silêncio. Hoje não quero rimar, hoje eu quero expressão. Não aquelas matemáticas, deveras difíceis de serem resolvidas, mas as expressões sentimentais. E o leigo vai dizer que elas são tão difíceis de serem resolvidas quanto as supracitadas. Tolo, eu digo.

Sobre sentimentos:

Quando nos predispomos a gostar, cuidar, quiçá amar, precisamos tomar alguns cuidados, como uma receita de bolo, ingrediente por ingrediente, sem pular um só. E o bolo surge camada por camada. Demora, mas surge. Deixar algo pra trás nos faz perder o todo, só que não entendemos o motivo. Gostar acarreta em diversas e diversas variáveis (como as matemáticas) e devemos estar prontos para lidar com elas, ou então, o mais simples, não gostar. Precisamos apenas decidir: Andar? Parar? Retroceder? Afinal, você quer comer o bolo ou não?

Sobre matemática:

1 + 1 = 1, certo? 

Exato, exata....