domingo, 23 de fevereiro de 2014

"Re..."

Poetizando e fingindo, sendo uma hipérbole ambulante e neologista de criação, passei a desenvolver o dom de ser (drama)turgo. E foi então que descobri que, escrevendo, eu poderia ser tudo.
Eu poderia ser o sonho de muitas e talvez até mesmo o meu. Poderia ser palavras que nunca foram ditas por falta de coragem ou por atropelamento da semântica.
E poderia ser aquele que lê para escrever e escreve para ler. Ler nome de ruas e avenidas, giz na madeira, lápis na parede, riscos em cartas, pichação em cimento quebrado.
Ler canções, olhos e olhares, poesias, sorrisos e lágrimas. Pensamentos, medos, lábios, beijos.

Aos poucos fui descobrindo que essa é minha sina, minha retina e minha rotina.

E ai tudo vai se encaixando e nesse encaixe uma necessidade louca...