quarta-feira, 30 de julho de 2014

Galhos

Primeiro sentia o corpo arado, cortado, rasgado com lâminas afiadas de silêncios, silêncios, silêncios.

É como se raízes de uma árvore frondosa me atravessassem as entranhas até destroçar nervo por nervo.

Alastraram-se-me coisas vivas, viscosas, verdes vindas de grãos semeados a uma dolorosa profundidade.

Não eram os galhos, nem as folhas, nem os troncos, nem a árvore. Era você crescendo em mim. Até cansar, até doer, até tombar, até matar, ate amar.

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