terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Menino

Menino tão desinteressado que ganhou pódio de egoísta. Ele se reinventou. Feridas cicatrizadas, liberto, mas tão só… 
Menino porreta, falastrão. Não fingia contento. Abusava da sua existência impopular e não arcava rédias. Bravo como um leão. Era tachado de dissimulado, faísca, entorpecedor. Sem papas na língua, girou contra o lado que o mundo inteiro favorecia e agora é auto-suficiente. Nada o choca, nada o prende e seu único princípio é auto-mutilação. É estar sozinho. Desaglomerar deslizes proporcionados à ele mesmo. 
Oh, menino…
Tens medo de derrapar? Quem é essa guria que te manipula? Cadê você? Tira esse semblante de monstro e chora. Limpa esse acumulo de choro do peito que você esconde por detrás dessa estrutura mentecapta e chora.
Chora, menino… 

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